CTB
Dados do IBGE mostram que o achatamento no valor das
aposentadorias triplicou em relação aos anos anteriores.
O IBGE divulgou a tabela de mortalidade de 2012, usada para o cálculo
do fator previdenciário a partir de fevereiro de 2012. Trata-se
simplesmente de uma projeção, mas cujo impacto nas aposentadorias é
definitivo. E dessa vez, o achatamento no valor dos novos benefícios é o
maior nos últimos onze anos: a redução média é de 1,8%, podendo chegar a
2,3% para os homens que requererem sua aposentadoria aos 62 anos de
idade.
Desde a implantação do fator, em 1999, a redução média no valor das
novas aposentadorias foi de 0,5% ao ano, com exceção de dezembro de
2003, quando o IBGE mudou a metodologia de cálculo e o confisco ficou em
11,6%, na média.
No ano passado, em dezembro de 2012, o IBGE fez uma revisão da
mortalidade de 2011 com base nos dados do Censo 2010. Essa atualização
levou a um resultado inédito: ao invés de aumentar, a expectativa de
vida diminuiu ligeiramente na população a partir de 55 anos e permaneceu
a mesma na faixa entre 49 e 54 anos de idade. Por isso, o redutor
aplicado nas novas aposentadorias ficou igual ou menor do que o usado
nas aposentadorias concedidas até novembro de 2012.
Isso pode indicar que as projeções do IBGE para a expectativa de vida
foram superestimadas e acabaram não se confirmando no Censo 2010. Ainda
assim, o que era apenas estimativa tornou-se um fato definitivo, com
danos irreversíveis no valor das aposentadorias.
Desta vez, o impacto dessas projeções é mais do que o triplo dos anos
anteriores. Até quando os segurados terão que se sujeitar a tanta
perversidade?
Para ver a tabela completa do Fator Previdenciário, clique aqui.
Fonte: Silvia Barbara, professora de Geografia e diretora da FEPESP e do Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário