
O documento mostra, ainda, que o ritmo com que as taxas de pobreza e
indigência vieram se reduzindo durante a última década vai desacelerar.
Segundo o organismo, os resultados estão relacionados com a moderação do
crescimento econômico da região, enquanto o ligeiro aumento dos níveis
de indigência se deve ao aumento do preço dos alimentos.
"Desde 2002, a pobreza na América Latina caiu 15,7 pontos percentuais e a
indigência, oito pontos, mas os números recentes mostram uma
desaceleração", disse a secretária executiva da Cepal, Alicia Bárcena,
ao apresentar o relatório.
Em termos absolutos, a pobreza se manterá estável neste ano em
comparação a 2012, quando também afetou 164 milhões de
latino-americanos. Em 2013, ela baixará levemente - 0,3 ponto
percentual. A indigência, por outro lado, passará dos 66 milhões de
pessoas do ano passado para 68 milhões em 2013, o que representa um
aumento de 0,2.
A Cepal indicou que seis dos 11 países com informação disponível de 2012
registraram diminuições em suas taxas de pobreza em relação ao ano de
2011.
Na Venezuela a taxa caiu 5,6 pontos percentuais, de 29,5% a 23,9%; no
Equador desceu de 35,3% a 32,2% em 2012 e no Brasil se reduziu de 20,9% a
18,6%. Também diminuíram os níveis de pobreza em 2012 no Peru (27,8% a
25,8%), na Argentina (5,7% a 4,3%) e na Colômbia (34,2% a 32,9%).
A pobreza se manteve estável na Costa Rica (17,8%), em El Salvador
(45,3%), no Uruguai (5,9%) e na República Dominicana (41,2%), enquanto
no México aumentou de 36,3% a 37,1%.
A Cepal não obteve números de outros países como Chile, Bolívia, Guatemala, Honduras, Panamá e Paraguai.
Bárcena afirmou que "o único número aceitável de pessoas vivendo na
pobreza é zero", por isso convocou os países a realizarem uma "mudança
estrutural em suas economias para crescer de forma sustentada com mais
igualdade".
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