Myriam
Moraes Lins de Barros - Doutora em Antropologia Social e professora
titular da Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ).
As
ciências sociais no Brasil têm trabalhado as questões relativas à velhice de
forma sistemática desde a década de 1970. Os primeiros trabalhos traziam
indagações sobre os significados da velhice na sociedade brasileira e a
identidade social do/a velho/a com ênfase nas distinções de gênero e nas
diferenças de classe. As pesquisas sobre o envelhecimento nas décadas de 1970 e
início de 1980 apresentavam questões que pareciam não fazer parte de uma
sociedade que construiu uma imagem de si como um país de crianças e jovens,
sintetizada na frase “Brasil, o país do futuro”. Outra versão dessa imagem
positiva da juventude está no sentido revolucionário atribuído a essa faixa
etária. Dessa forma, não há espaço para a velhice, nem no presente, nem no
futuro.
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